sábado, novembro 08, 2008

O princípio da reciclagem

Jesus conta uma parábola
De São Pedro e a ferradura
Desde que o mundo é mundo
Que a vida sempre foi dura

Não foi por acaso que Jesus
Chamou Pedro à atenção
E lhe mandou apanhar
Uma ferradura do chão

Está velha, respondeu Pedro
E já não serve para nada
Jesus baixou-se apanhou-a
Para depois ser reciclada

Com o dinheiro, comprou cerejas
Que no seu bolso guardou
São Pedro ficou aflito
Quando a sede o apertou

Quando Jesus percebeu
De quanto o Pedro sofria
Lá foi espalhando as cerejas
Que ele apanhava e comia

Na ultima voltou-se e disse
Para pensar bem no que fez
Se apanhasses a ferradura?
Só te baixavas uma vez!

Pode ser só uma metáfora
Ou simplesmente miragem
Mas foi o primeiro homem
Que pensou na reciclagem

Isabel Gaudêncio

sábado, julho 12, 2008

Artesanato com sacos de plástico

Aqui se mostra como os sacos de plástico dos hipermercados podem ter uma segunda vida...





sábado, fevereiro 09, 2008

QUEM É A LEI ?

Os meninos da ASAE

Estão a deixar-me intrigada

Ou a lei está mal feita

Ou é mal executada.


Passam tudo a pente fino

Não sei que tanto farejão

Até posso vender tudo!

Só preciso é que não vejam!


Tem que deitar isto fora;

Por quê? se não está estragado!

Ou eu cheguei na hora certa!

Ou estava no sitio errado?


E lá levarão o presunto

Que o dono tinha comprado

Eu gostava de ajudar à festa!

Só que eu não fui convidado!

Se querem mesmo trabalhar

Comecem p'lo sitio certo

Descargas que matam tudo!

Esgotos a céu aberto?


Deitar bons produtos fora

Só quem não tem coração

E não sabe o que é ouvir

Chorar os filhos sem pão


São ágeis e habilidosos

Pensam que nada lhes escapa

Mas por favor; tenham dó,

São mais papistas que o Papa?


È bom que ninguém se iluda

fica só a intenção

Só pescam arraia miúda

Nunca chegam ao tubarão


Não sei qual é a ideia

Que agora tudo faz mal

Querem ver que já não posso

Comer couves do meu quintal?


Pobreza, chega a que temos

Cada vez mais bate à porta

Deixem lá os pobrezinhos

Comer o que colhem na horta!


Tem que haver regras, e controle

Para saber o que se consome

Mas quem fez leis tão severas

Nunca soube o que era fome?


Com tantos cuidados que há

Não há razão para censura

Mas ninguém fica por cá!

Se não morrer do mal, é da cura!


Afinal quem é a lei?

Não tem rosto, não tem voz:

Se quem a faz, não a cumpre;

O que é que esperam de nós?

Isabel Gaudêncio