As tasquinhas e os cafés
São o aconchego da gente
Ponho a conversa em dia
E bebo qualquer coisa quente
Entre uma conversa e outra
E mais o que se bebeu
Quando eu me apercebi
Quem estava quente era eu
Lembrei-me do tal proverbio
Do menino e do borracho!
Mas, vá que Deus se esquece
De me por a mão por baixo?
Tal como é meu apanagio
Nunca dou parte de fraco
Afinal quem é que manda?
Sou um homem! Ou um rato?
Por muito que me equilibre
As pernas não estão direitas
Ou o vento é muito forte!
Ou as ruas são mal feitas?
Tento passar despercebido
Porque a rua está torta
lá vou curva contracurva
Até encontrar a porta
Isabel Gaudêncio
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