domingo, maio 02, 2010

As tasquinhas

As tasquinhas e os cafés
São o aconchego da gente
Ponho a conversa em dia
E bebo qualquer coisa quente

Entre uma conversa e outra
E mais o que se bebeu
Quando eu me apercebi
Quem estava quente era eu

Lembrei-me do tal proverbio
Do menino e do borracho!
Mas, vá que Deus se esquece
De me por a mão por baixo?

Tal como é meu apanagio
Nunca dou parte de fraco
Afinal quem é que manda?
Sou um homem! Ou um rato?

Por muito que me equilibre
As pernas não estão direitas
Ou o vento é muito forte!
Ou as ruas são mal feitas?

Tento passar despercebido
Porque a rua está torta
lá vou curva contracurva
Até encontrar a porta

Isabel Gaudêncio

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